A importância da motivação pessoal para a alta performance

26/03/2017 19:51

Fazer o que se gosta é a chave para o sucesso. Quem trabalha com prazer, trabalha melhor. Infelizmente, em meio a um cenário econômico com números desanimadores de emprego e produção industrial, conciliar esses dois pontos da linha – prazer e trabalho – é um desafio.

A Alta performance está diretamente relacionada à motivação pessoal. Gestores que conseguem conciliar esses dois pontos conseguem não apenas inspirar suas equipes, como melhorar substancialmente os resultados desejados.

Mas como fazer isso? Segundo Mariana Salomão, coach e palestrante de alta performance, tudo começa pelo entendimento do outro. “Para o líder, é extremamente necessário entender o que motiva o funcionário a trabalhar. Compreender o perfil dele.

Às vezes, ele é movido a desafios, então, investir em estratégias que recompensem a performance é uma boa saída. Em outros casos, a percepção de um propósito, de crescimento. As pessoas são diferentes, então, é preciso ter a sensibilidade de entendê-las e se adaptar ao comportamento de cada uma delas.”, explica.

Outro fator que move a motivação é a confiança. Funcionários que gozam de liberdade para opinar, propor ideias e projetos, se tornam mais motivados. Eles precisam sentir que fazem parte do sistema como um todo e que não estão ali apenas operacionalmente. “A liberdade não pode significar abandono. É controlada, mas oferecendo autonomia, o que demonstra confiança no trabalho que ele está fazendo. A liberdade muitas vezes se confunde. O líder presente é aquele que ele tem as habilidades para estar ali orientando a equipe. Em muitas empresas para quem dei consultoria, a maior reclamação não estava necessariamente ligada a salários ou benefícios, mas sim a pouca autonomia.”

Líderes e liderados devem estar atentos aos resultados. Eles são sinais importantes de que algo está fora de ordem e de que a gestão não está sendo eficaz. Falta de produtividade, boicote de informação, falta de proatividade, problemas de saúde da equipe, queda na qualidade de entrega, conflitos internos e, principalmente, falta de comunicação, são pontos que demonstram que o ambiente de trabalho não anda bem.

Para isso, todos os envolvidos devem estar abertos tanto a expor os problemas quanto a receber críticas: “Líderes e liderados precisam se ouvir. Ambos tem que estar abertos para o feedback.

Muitos gestores tem dificuldade em ouvir justamente pela falta de sensibilidade de entender o outro. Quem consegue deslocar seu olhar, identificar as competências pessoais dos liderados e incentivá-las em prol do trabalho que está sendo realizado tem chances muito maiores de atingir resultados de alta performance.

Da mesma forma, quem é funcionário precisa fazer sua autoanálise, saber onde está errando e acertando, parar de culpar os outros e buscar um diálogo aberto com seu superior.”, finaliza Mariana.