Assistência técnica dinamiza produção da agricultura familiar no Semiárido Nordeste II

31/08/2017 12:02

Feijão, milho, hortaliças e frutíferas são alguns dos itens produzidos na Unidade de Produção Familiar (UPF) do casal de agricultores familiares Maria Ribeiro dos Santos e José Natelson Ribeiro dos Santos, da Comunidade Pau de Colher, do município de Fátima, localizado no Território de Identidade Semiárido Nordeste II. A família, que possui também uma criação de caprinos e aves, é atendida pela assistência técnica e extensão rural (ATER) e já recebeu investimento do Governo do Estado, o que permitiu a estruturação e organização da propriedade para a produção de hortaliças.

                 

De acordo com a agricultora familiar, Maria Ribeiro, a ATER vem proporcionando mudança na vida da família, aumentando e diversificando a produção, que é comercializada na própria comunidade: “Depois da assistência técnica a nossa vida tem melhorado. Antes, a gente não tinha experiência, só plantava milho, feijão, e só em época de chuva, mas com a ajuda técnica conseguimos aumentar a renda e vamos lutando e vivendo no próprio lugar da gente”.

                                     

A ATER é prestada pelo Governo do Estado, por meio da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), e executada pela Associação Regional de Convivência Apropriada ao Semiárido (Arcas). A entidade foi selecionada por Chamada Pública, em 2015, para atender comunidades rurais do Território Semiárido Nordeste II.

 

De acordo com Sandra Santos de Oliveira, engenheira agrônoma e coordenadora de ATER, no lote executado pela Arcas, a assistência técnica prestada é voltada para a agroecologia, e reúne critérios importantes que visam a inclusão de jovens e mulheres: “A mulher, que sempre foi vista como coadjuvante dentro da propriedade, nessa chamada pública ela passa a ser beneficiária principal e a gente percebe que elas estão participando mais, passando a fazer uma função que antes era do marido, cuidando da sanidade animal e do plantio. Percebemos também uma participação maior das mulheres nas questões da agroecologia, talvez por serem peça principal na questão da alimentação familiar, preocupando-se com o bem-estar e a saúde da família”.

 

Oliveira lembra ainda que essa é uma ação que visa a permanência do jovem no campo, com qualidade de vida e desenvolvimento. E permite às famílias condições de reduzir os custos com insumos, para o manejo da produção, tanto de caprinos e ovinos, quanto de frutas e hortaliças, e até na produção de remédios preparados com matéria-prima encontrada na própria propriedade.

 

Para a engenheira agrônoma, o papel da  ATER é também buscar outras políticas públicas que os agricultores possam acessar, a exemplo do Garantia-Safra, crédito e o Bahia Produtiva, projeto executado pela Companhia: “Com essas ações percebemos que há uma evolução nas comunidades, uma melhoria e isso faz com que o jovem permaneça no campo e que a família se desenvolva e tenha uma melhor qualidade de vida”.

 

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