Casos suspeitos de caxumba assustam estudantes da Univasf, em Petrolina

01/08/2018 08:19

 

Estudantes do Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, estão preocupados com o número de casos suspeitos de caxumba na Universidade. Ao menos dez estudantes da mesma turma apresentaram os sintomas da doença. Cinco casos foram confirmados.

Aluna do curso de medicina veterinária, Maria Alice Figueroa foi diagnosticada com caxumba há cerca de duas semanas. Na turma dela, outras sete pessoas apresentaram os sintomas da doença, que também é conhecida como papeira. “Logo quando eu me afastei [das aulas] com a suspeita, fiquei sabendo de outras pessoas que tinham tido. Quando voltei, tinham mais casos de suspeita de caxumba”, diz a estudante.

Preocupados com o número de casos da doença, os estudantes do Campus procuraram a reitoria da Univasf. “Conversamos com alguns professores, a Secretaria de Saúde entrou em contato com a gente, mas pela Universidade, a gente não teve nenhuma resposta, nenhuma informação”, afirma Maria Alice.

Através de nota, a Univasf disse que “informou a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Petrolina sobre a ocorrência de caxumba entre estudantes do curso de Medicina Veterinária. Uma equipe de técnicos da Vigilância Epidemiológica esteve no Campus Ciências Agrárias (CCA), na tarde de segunda-feira (30). Entre as medidas a serem adotadas estão o bloqueio vacinal da comunidade acadêmica, que já foi solicitado à Secretaria de Saúde”.
A nota da Univasf também traz um alerta para os estudantes. “A Univasf orienta que casos suspeitos da doença devem ser comunicados à Secretaria de Saúde de Petrolina, por meio dos telefones: (87) 3866-8559 (Vigilância Epidemiológica). A Univasf também comunicou a Secretaria Municipal de Saúde de Juazeiro”.

O vírus causador da caxumba tem alta resistência fora do corpo. Tosses, espirros e falta de higienização das mãos são as formas mais comuns de contágio da doença. A preocupação dos estudantes do Campus de Ciências Agrárias é que outras pessoas peguem a doença. “Estou um pouco apreensiva porque aqui tem bastante gente e agora tem que tomar cuidado redobrado com a higiene”, destaca a estudante de medicina veterinária, Raíssa Alves Santos.

A caxumba se caracteriza pela inflamação das glândulas parótidas e salivares, localizadas embaixo da mandíbula. O vírus se aloja nas vias aéreas e age da mesma forma que uma gripe ou resfriado. Inchaço, dor muscular e ao engolir, febre, mal-estar, falta de apetite são alguns dos sintomas. A infecção se manifesta principalmente em crianças. O período de maior incidência é entre o inverno e o começo da primavera. Em geral, uma vez infectada, a pessoa adquire imunidade.

De acordo com o clínico geral, Josival Soares, a caxumba não é uma doença tão grave. No entanto, ele alerta que é preciso fazer o tratamento correto, para evitar complicações. “Se você não tratar, ela vai se disseminando e pode atacar o testículo do homem e o ovário da mulher. E atacando o testículo, ela pode diluir as células produtoras de espermatozoide e deixar o homem estéreo”,