Chorrochó em estado de decadência.

15/12/2014 16:38

                

   Imagens divulgadas recentemente mostram o centro da cidade de Chorrochó tomado por lixo, esgotos e prédios públicos deteriorados. Essas imagens são acrescidas de reclamações sobre salários atrasados dos servidores, insuficiência ou ausência de atendimento médico e até falta de higiene em mercados públicos.      

              A administração municipal enfrenta críticas de toda ordem, mas parece ter optado por esse marasmo injustificável, que vem corroendo a paciência dos chorrochoenses ou, pelos menos, de uma parcela da população que ainda se preocupa com os destinos do lugar.

              A impressão que se tem é no sentido de que o município estagnou, talvez por escassez de recursos ou, mesmo, em razão de falta de empenho de quem tem o dever institucional de zelar pela população.

              Ademais, vale ressaltar que Chorrochó passou a conviver com assassinatos, desavenças, contravenções e medo, o que, propriamente, não é culpa da Prefeitura, mas contribui para aumentar o caos.

Todavia, parece que está faltando entrosamento entre a  Municipalidade e os órgãos estaduais que cuidam da segurança pública, a exemplo da Secretaria de Segurança Pública do Estado, para viabilizar aumento do efetivo policial no município, dar ênfase ao policiamento ostensivo, disponibilizar veículos para ronda e aparelhar os postos policiais, a fim de que a população se sinta minimamente segura.

              A Prefeitura também deve possibilitar uma convivência sadia entre seus munícipes, de tal forma que o Ministério Público, Polícia Civil e o Poder Judiciário sejam permanentemente consultados sobre o papel de menores na sociedade, coibindo-os de freqüentarem lugares impróprios e evitando o consumo de bebidas alcoólicas, que é a porta de entrada para muitos desajustes sociais, mormente quando se trata de uma faixa etária ainda em formação de seu caráter e de sua conduta frente ao convício em sociedade. Esses órgãos devem ser continuamente chamados à discussão desses problemas sociais e não somente instados em situações sazonais.

              Contudo, o que mais entristece em Chorrochó é o silêncio da Câmara Municipal. Chega a ser patético. Os vereadores não se dão conta do dever de fiscalizar os atos do Executivo e não somente referendar suas contas. Há uma série de instrumentos legislativos pelos quais os vereadores podem cutucar a Prefeitura em benefício da sociedade, mas não fazem, nunca fizeram.

 A exceção em Chorrochó é sobejamente conhecida: são nove vereadores, mas apenas um, por enquanto, vem se estrebuchando para cumprir o seu dever perante a sociedade. Os demais observam a paisagem.

              Enquanto os vereadores não se conscientizarem de que não foram eleitos para ser linha auxiliar da Prefeitura, fica dificílimo exercerem seus mandatos de acordo com a vontade das urnas.

              Chorrochó se encontra em decadência, não somente em razão da apatia da administração municipal, mas também pela omissão da Câmara Municipal, cuja maioria absoluta de seus membros assumiu o papel da indolência.

 

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              Fonte: araujo-costa@uol.com.br