Naldinho Beira Rio visita a Barra do Tarrachil sua terra natal e ver que o Rio São Francisco pede socorro

26/04/2013 22:25

 

 
A destruição das matas ciliares e de outras matas protetoras, combinada com a redução da correnteza, provocada pela retenção das águas por represas, é responsável pela aceleração do assoreamento do Rio São Francisco. Por conta disto, um fenômeno não obstante comum, tem ocasionado, ao longo de décadas, a formação de coroas e ilhas no leito do rio, que são observáveis em diversas partes dos seus trechos. A falta de chuva agrava o problema, diminuindo o volume de água e expondo as áreas assoreadas (coroas).
No município de Chorrocho no Distrito de Barra do Tarrachil, localizado no médio São Francisco, em vários trechos foram formadas piscinas naturais. No trecho que corta a cidade, de aproximadamente 2 quilômetros de extensão, o rio corre sinuosamente entre barrancas que têm cerca de alguns metro de altura em relação à superfície das águas. A formação de “coroas”, pequenas ilhas de areia é um fenômeno que acontece todos os anos, mas os ribeirinhos e pescadores garantem que nunca se viu algo parecido. O rio tá seco demais, muito raso, se a coisa continuar vai ser possível atravessar praticamente toda a sua extensão a pé, caminhando, queira Deus que não...claro!!!

Em praticamente todas as áreas assoreadas do leito do Rio São Francisco, observa-se intensa atividade agrícola, associada a práticas de manejo inadequadas, queimadas, subtração da vegetação ciliar, loteamentos de urbanização, e emissão de esgotos sem nenhuma forma de tratamento. Este uso múltiplo das águas tem transformado totalmente o leito natural do rio.
Diz a lenda que o São Francisco nasceu das lágrimas derramadas pela índia Irati. Com saudade do bravo companheiro que foi lutar pela posse da terra contra o homem branco e não voltou mais, Irati sentou em uma pedra e chorou dias. De tão grande sua tristeza deu origem ao Opará, que significa rio-mar, na linguagem indígena.
O desprezo de Irati, pela tristeza em ver a atual situação que se encontra o que supostamente foi responsável em criar, faria com que surgissem dezenas de rios São Francisco, tamanha seria a extensão das águas derramadas por seu choro.
 
Desde o descobrimento do rio pelo navegador italiano Américo Vespúcio, o São Francisco nunca se pareceu tanto com um lamento. O Velho Chico, apesar de continuar belo, jamais esteve tão maltratado.
Segundo a EmbrapaEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, os sedimentos (detrito rochoso resultante da erosão) já são registrados no leito do rio a taxas “altíssimas”. É como se fossem despejados no ano milhares de toneladas de terra no leito do rio. O assoreamento é tão sério que em muitos trechos, o transporte de passageiros e cargas já não existem mais, ou estão comprometidos.
De acordo com os estudos e com os relatos dos próprios moradores das comunidades ribeirinhas, o leito do rio está a cada ano mais assoreado e poluído. Os prejuízos ambientais são incalculáveis, o que, consequentemente atinge diretamente pequenos agricultores e pescadores que vivem exclusivamente do que as águas do rio oferecem, ou ofereciam. Os pescadores costumam dizer que existem mais pescadores que peixe.
Edinaldo Alves Rocha filho natural de Barra do Tarrachil, Cantor & Compositor´ conhecido como "NALDINHO BEIRA RIO" que o mês que vem lançará CD com música em homenagem ao Rio, demonstra preocupação com a situação do rio. Segundo ele, a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente da cidade do municipio de Chorrochó através do seu eficiente Secretário NILSINHO já deve com certeza ter encaminhado um relatório sobre a atual situação do rio para os órgãos estaduais e federais ligados ao meio ambiente. “Esperamos encontrar uma maneira para que haja uma reversão da situação. Sabemos que é necessário urgentemente investimento em obras, principalmente de dragagem e derrocamento". afirma Naldinho Beira Rio.
Acreditamos e desejamos que os Governos Estadual e Federal possam efetuarem trabalhos e projetos em prol do nosso Rio, pois assim poderemos sonhar com um ‘novo’ Velho Chico, totalmente vivo e responsável por milhares de vidas, filosofou o forrozeiro da terra Naldinho Beira Rio.
 
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Redação do chorrochoonline.com
 
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