POLÍCIA INVADE CAFÉ DE SYDNEY E ENCERRA SEQUESTRO DE 16 HORAS COM TRÊS MORTES

16/12/2014 13:22

A polícia da Austrália invadiu na madrugada de terça (horário local) o Lindt Cafe de Martin Place, em Sydney, e efetuou diversos disparos encerrando o sequestro no local que durou 16 horas. Três pessoas morreram, entre elas o atirador, e seis ficaram feridas, informou a polícia. Uma brasileira estava entre os reféns e foi libertada ilesa. Ao todo, 17 reféns estavam no café na hora do sequestro. Cinco conseguiram fugir um pouco antes. A imprensa local australiana identificou o clérigo muçulmano Man Haron Monis como o sequestrador. Ele já foi acusado de enviar cartas de ódio e abuso sexual.

De acordo com a agência Australian Associated Press, uma das vítimas fatais é Katrina Dawson, uma barista de 38 anos e mãe de dois filhos. O outro refém morto é um homem de 34 anos. Segundo a rádio australiana Triple M, ele morreu por que teria tentado tirar a arma das mãos do sequestrador. As autoridades, porém, não divulgaram oficialmente as identidades dos mortos ou as circunstâncias de suas mortes. Segundo Andrew Scipione, chefe de polícia de Nova Gales do Sul (estado do qual Sydney é a capital), vários tiros foram disparados enquanto o sequestro estava em andamento, o que levou os policiais a tomarem a decisão de invadir o local.

Motivações desconhecidas

"Acreditamos que ninguém tinha sido ferido até a polícia entrar", acrescentou. Entre os feridos, há um policial, que está no hospital em boas condições. O policial foi ferido no rosto, segundo a TV "ABC". Ele estaria animado e "feliz por estar vivo". Scipione ainda disse que o incidente tratou-se de um "caso isolado". As motivações do ataque ainda são desconhecidas. Nas primeiras horas do sequestro, imagens da emissora de TV Channel 7 mostraram pessoas com as mãos para o alto e uma bandeira negra fixada em uma vidraça da lanchonete com um texto em árabe no qual se lia "Não há outro Deus que Alá e Maomé é o mensageiro de Deus".

G1 (Foto: Rob Griffith/AP)