QUANDO O MAL-FEITO DA PETROBRAS VIRA UM MAU NEGÓCIO

24/04/2014 12:44
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Dilma, representada como um carrinho de bebê, sem qualquer utilidade, em comercial. No fim, ela e pulverizada de cena (Reprodução/Internet)
CRISE NA PETROBRAS

A compra da refinaria de Pasadena – deixando um rombo de meio bilhão de dólares - foi ou não foi um bom negócio?

por Claudio Carneiro

 

 

Uma das campanhas publicitárias de maior recall da TV brasileira é aquela em que um objeto da casa – personificado por alguém inconveniente – simplesmente desaparece. Logo em seguida, surge o bordão que diz: “fiz um bom negócio”.

Narcisa Tamborindeguy, Paulo Gustavo e Sérgio Malandro, Compadre Washington e Supla foram os “agradáveis inconvenientes” da campanha de sucesso.

Em contrapartida, permanece a polêmica se a compra da refinaria de Pasadena – deixando um rombo de meio bilhão de dólares – foi ou não foi um bom negócio.

Se fossem atores de um comercial de TV, o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, e Nestor Cerveró – diretor da Área Internacional da Petrobras quando a compra foi feita, em 2006, e que até outro dia respondia pela direção financeira da BR Distribuidora – não seriam vistos com tanta simpatia.

Eles afirmam que a compra de Pasadena foi um bom negócio. Mas isso – decididamente – não é verdade. Gabrielli e Cerveró estão em maus lençóis e mandam seus recados. O primeiro afirmou que não pode fugir da responsabilidade “do mesmo jeito que a presidente Dilma não pode fugir da responsabilidade dela, que era presidente do conselho da Petrobras quando o mau negócio foi feito”. Cerveró já disse em coletiva que “não vai cair sozinho”.

Curioso é que a presidente Dilma – com a popularidade lá embaixo -, a presidente da Petrobras Graça Foster, Gabrielli e Cerveró trocam recados e ameaças pelos meios de comunicação – como se fôssemos uns tolos diante de tanta esperteza. Que venha logo essa CPI para que saibamos em que outros maus negócios a Petrobras se meteu.

O bom humor do brasileiro – qualidade que ele vem perdendo – produziu uma versão do comercial na qual Dilma Rousseff substitui Sérgio Mallandro e manda um daqueles discursos chatos que costuma fazer nos feriados. A presidente da República é pulverizada de cena como se fosse um carrinho de bebê sem qualquer utilidade. Se isso se repetir nas urnas…

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Fonte: Opinião e Notícia