“Quero que o povo me olhe como o cara que colocou o Brasil nos trilhos”, diz Temer

15/11/2016 15:22

O presidente da República, Michel Temer, foi o entrevistado do Roda Viva desta segunda-feira (14). Entre os assuntos que o peemedebista abordou estão as medidas do governo federal para a retomada do crescimento econômico, combate ao desemprego, corte de gastos, reformas política e da previdência, e mudanças propostas para o ensino médio.

Como primeiro registro, o presidente pediu para fazer um esclarecimento sobre Romero Jucá: “ele deixou o governo, eu não o demiti. Ele está hoje em pleno exercício, é senador, e sem dúvida nenhuma é uma figura capaz de uma articulação extraordinária”.

Questionado sobre a eleição presidencial dos Estados Unidos, e a relação Trump-Temer: há uma combinação boa? Temer diz que “quem tem relação é o Estado brasileiro. No nosso país tem que haver uma relação de Estado para Estado. A primeira ideia que verifico é que o discurso foi moderado, especialmente nos EUA onde as instituições são fortíssimas. Lá não ocorrerá o autoritarismo. Os norte-americanos são parceiros comerciais atuante do Brasil e duvido que Trump faça com o nosso país o que ele diz que pretende fazer com o México. Ele deve prestigiar a relação com o Brasil com uma visão focada na América Latina”.

Sobre se irá concorrer como candidato nas eleições de 2018, Temer garante: “Eu já descartei a hipótese, e sei que estou sendo perguntado novamente somente para documentar. Cheguei na Presidência pela via eleitoral, mas também pela via Constitucional, assumi nestas condições, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Assumi um país a beira de um precipício econômico, e tomamos medidas em pouquíssimo tempo”.

“Quero que o povo me olhe como o cara que colocou o Brasil nos trilhos”, afirma Michel Temer.

Questionado sobre a instabilidade em função da Operação Lava Jato, e como isso pode inclusive interferir na aprovação ou não das reformas remetidas ao Congresso, o peemedebista recua: “Devemos deixar o judiciário exercer o seu papel, assim como a PF e o STF. Se lá para frente houver necessidade de paralisação do Brasil ou do governo, propriamente dito, aí sim será feito”.

Perguntado sobre a Lava Jato, Temer garante que chamará os interessados que forem denunciados. “Institucionalmente eu não vejo razão para decretar a ‘morte política’ dele. Mas claro, vou conversar. Assim como já foi feito”.

Em relação à reforma da Previdência e como este assunto é usado como retórica há décadas, Temer afirma que a ideia é que isso não volte a acontecer. O governo garante que as centrais sindicais serão consultadas. O esclarecimento público através da televisão, por exemplo, deve ocorrer. “A reforma já está formatada e irá ainda este ano para o Congresso”, declara. 

 

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Fonte: Informe Baiano