Em um período de economia para todos, em que o novo governo federal promete cortes de gastos no executivo, o legislativo, representado pela Câmara, pode ser uma pedra no sapato.
Cada um dos 513 deputados eleitos em outubro do ano passado tem uma verba de gabinete, destinada ao pagamento de salários dos secretários parlamentares, de R$ 111.675,59.
Se todos decidirem usufruir de sua parte integralmente, seriam R$ 57.829.577,67 mensalmente gastos apenas para este fim. Anualmente, o valor retirado dos cofres públicos chegaria a R$ 687 milhões, somando R$ 2.5 bilhões para um mandato.
Esta verba individual pode ser utilizada para a contratação de 25 assessores, que podem receber entre R$ 1025,12 e R$ 15.698,32. Uma média salarial para um destes secretários que trabalhe para um deputado que utilize toda a verba e tenha os 25 funcionários máximos é de R$ 4.467. Lembrando que o salário mínimo aprovado para 2019 é de R$ 998.
A decisão de quem ocupa estas vagas e quanto cada um receberá fica por conta do próprio parlamentar. Por conta disto, alguns eleitos para a próxima legislatura, que se inicia em 1º de fevereiro, estão fazendo seleções abertas ao público para as vagas, como são os casos de Luis Miranda (DEM-DF), Tiago Mitraus (NOVO-MG) e Felipe Rigoni (PSB-ES), todos eleitos para seu primeiro mandato.