China protesta e diz ser inaceitável ataque de Eduardo Bolsonaro

25/11/2020 10:21

O deputado Eduardo Bolsonaro em conversa com jornalistas, na Câmara, em julho de 2019. Deputado acusou China de

A Embaixada da China publicou nota na noite desta 3ª feira (24.nov.2020) criticando publicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que levantou suspeita de “espionagem” do país asiático na questão da tecnologia 5G, futuro padrão da telefonia móvel a ser adotado no Brasil. O deputado Eduardo Bolsonaro em conversa com jornalistas, na Câmara, em julho de 2019. Deputado acusou China deNa 2ª feira (23.nov), Eduardo afirmou que o Brasil apoia projeto comandado pelos Estados Unidos e “se afasta” da tecnologia chinesa. Depois, o congressista excluiu o tweet.

“O governo @JairBolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo Governo@realDonaldTrump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”, escreveu o deputado. A nota da representação chinesa diz que Eduardo acusa a China de “praticar espionagem cibernética”. Afirma que a aliança internacional, citada pelo deputado no tweet acima, discrimina a tecnologia 5G do país.

A Embaixada define as declarações como inaceitáveis, e cita “consequências negativas” para os brasileiros em casos recorrentes: “Caso contrário, [Eduardo Bolsonaro e seus seguidores] vão arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil”.

O texto do governo chinês lembra das transações comerciais entre os dois países, que representa 35,5% de todas as exportações do Brasil. Sobre o posicionamento de Eduardo Bolsonaro em favor dos norte-americanos, a nota diz que “os EUA têm um histórico indecente em matéria de segurança de dados” e classifica como mentirosas as alegações do governo de Donald Trump contra as empresas chinesas.