PRETERIDOS DO PRESIDENTE BOLSONARO

Na posse de Bolsonaro no dia 1º de janeiro prestigiar Maduro e Miguel Díaz-Canel fortalece a democracia nesses países? Vejo essa questão me posicionando a luz da luta pela democracia no continente americano. E esse viés me dá margem para eu dissertar sobre vários aspectos da política real, por exemplo, as negociações mercantis feitas com esses dois países durante os governos Lula e Dilma via BNDES. Isso já é um bom começo para fazermos uma análise desse fato. A pergunta que me vem à cabeça é essa: sobre esse derrame de dinheiro do BNDES nesses países, o que mudou para melhor lá? Eu mesmo respondo: nada! Só para citar apenas um exemplo, Cuba recebeu mais de sete bilhões de reais só no programa "Mais Médicos" e o povo daquela ilha, o que recebeu em benfeitorias e desenvolvimento social? Nada! O futuro Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo conseguiu sintetizar muito bem o assertivo pensamento de Bolsonaro em sua nota no twitter ao falar de Nicolás Maduro e sobre a indignação dele por ter sido preterido a posse do presidente brasileiro:

"Em respeito ao povo venezuelano, não convidamos Nicolás Maduro para a posse do PR Bolsonaro. Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira. Todos os países do mundo devem deixar de apoiá-lo e unir-se para libertar a Venezuela." Afirmou em perfil de sua rede social.

Posso dizer que essa é uma declaração condizente com valores humanitários e também de acordo com as teses de Jair Bolsonaro em sua campanha eleitoral. Mais uma vez, atropelando o politicamente correto, eu me sinto a vontade de chamar as coisas aqui nesse artigo pelos nomes que elas realmente são, pois, a Venezuela é sim uma Ditadura Bolivariana e seu presidente Nicolás Maduro não faz o papel de chefe de nação, mas de um ditador cruel, cínico e sanguinolento. Trata-se de um cara totalitarista que está no poder desde 2013 e vai ficar lá até 2025. Ou seja, quer mesmo se perpetuar no poder sem respeito aos ideais democráticos.  O resultado? Uma inflação de quase um milhão por cento, e, mais de cinco mil refugiados saindo suas fronteiras por dia! Só isso meu caro leitor, a meu ver é motivo de sobra para preteri-lo sim para posse do dia primeiro aqui no Brasil.  

A democracia tem seus freios e contrapesos, não tolera regimes totalitaristas, não se alegra com a fome e a miséria do povo. É o anti-exemplo que podemos dizer da ilha caribenha de Cuba. Um país que desde 1959 vive um regime ditatorial pela família Castro cerceando a liberdade de imprensa, de expressão e submetendo seu povo a um padrão de vida totalmente humilhante se comparado ao Brasil. Lá na embargada ilha não existe controle institucional de um poder sobre o outro, ou seja, "tudo corre solto" sem Direitos Humanos, sem reta justiça, enfim, sem nada.  O mais drástico disso tudo é que aqui mesmo no Brasil houve um projeto semelhante de perpetuação do poder favorecendo Lula e o PT. Felizmente nossas instituições de controle e o poder judiciário de forma independente em tempo hábil se manifestaram e o povo brasileiro foi às ruas expressar sua indignação tirando a presidente Dilma do poder em 2016. Dilma caiu e junto caiu toda a "estrutura aparelhante" do PT.

A ex-primeira Ministra Inglesa Margareth Thatcher em sua célebre frase disse que "a Democracia não é um sistema feito para que os melhores sejam eleitos, mas para impedir que os ruins fiquem para sempre no poder!" Analise comigo, Cuba e Venezuela são exemplos de democracia? Lá nesses dois países existe alternância de poder? Certamente que não. É como aqui na minha cidade Juazeiro da Bahia, onde esse exemplo em proporções menores se repete.  Aqui estamos sendo massacrados por um governo pecebista que semelhantemente ao aparelhamento petista ao invés de cuidar de sua população com saúde de qualidade, saneamento básico, educação, apenas aumenta impostos, engordam suas arrecadações e não prestam contas do dinheiro gasto. Foi o que aconteceu com o ex-prefeito Isaac Carvalho, condenado pela Lei da Ficha Limpa em razão do desvio de 112 milhões de reais nos cofres públicos. Isso não é fakenews, isso é fato e foi publicado aqui nesse blog!  

Em minha opinião, desprestigiar regimes totalitários chega a ser quase uma obviedade. A presença dos dois presidentes preteridos na posse do nosso democraticamente eleito Jair Bolsonaro destruiria totalmente o discurso e a tese do mesmo durante anos de vida pública. Isto certamente estragaria a solenidade trazendo um fedor de pólvora, sangue e fome. Houve um erro sim por parte de antigos funcionários do Itamaraty que de fato queriam apenas sabotar os preparativos da solenidade, trazendo um clima de desconforto e constrangimento a Bolsonaro e aos dois presidentes desconvidados. E olha que por pouco isso não causou um incidente diplomático. Entretanto, por conta disso as embaixadas de Cuba e da Venezuela serão antecipadamente fechadas aqui no Brasil. Concluo dizendo a sábia frase dita pelo meu colega cronista AGENOR SANTOS em seu belíssimo artigo CIVISMO ONTEM E HOJE: "... tristemente, a dignidade, o respeito e a ética se tornaram uma exceção à regra, e quando essas qualidades são identificadas merecem uma efetiva celebração". Sigam o Fluxo Gente Amiga!

ERRY JUSTO

Radialista e jornalista

Via Geraldo José