Saiba como o assédio moral é caracterizado e que ações podem ser tomadas por quem sofre com as agressões

04/03/2019 16:46
Foto: Getty Images

FOTO: GETTY IMAGES

 

A vida profissional, com a rotina de trabalho e a construção de carreira, é um desafio a ser enfrentado diariamente. Porém, além das atividades corriqueiras, problemas eventuais e do estresse, a convivência no trabalho torna-se ainda mais complexa em situações de assédio moral.

“Assédio moral é quando há exposição intencional e contínua de funcionários a situações constrangedoras ou humilhantes no ambiente de trabalho. É, na verdade, uma violência psicológica que leva os trabalhadores a se desestabilizarem emocionalmente, algumas vezes até os levando a pedir demissão”, esclarece a psicóloga comportamental Letícia de Oliveira.

Infelizmente, o assédio moral é comum e pode acontecer com qualquer pessoa. “Não existe um perfil determinado que predispõe uma pessoa a ser vítima de assédio moral. No entanto, as vítimas mais frequentes são mulheres, homossexuais, pessoas com deficiências, idosos”, aponta Marcelle Santana Machado, advogada trabalhista do escritório Cavalcante Ramos Advogados.

Embora o agressor seja, na maior parte dos casos, alguém em posição superior à vítima – chefes, supervisores, encarregados -, também é possível que o assédio moral seja praticado por colegas que exercem a mesma função que a pessoa agredida.

Os motivos que levam alguém a assediar uma pessoa no trabalho nem sempre estão claros ou são racionais. Pode ser um colega tentando te prejudicar para ganhar mais destaque, pode ser uma tentativa de um superior de demonstrar autoridade, pode ser uma forma do empregador de criar um ambiente insustentável para que o trabalhador peça demissão e ele não precise arcar com os custos trabalhistas de uma rescisão.

Independente da causa, o assédio moral jamais é aceitável ou justificado e deve ser denunciado.