Valor gasto com envio de PMs baianos será reembolsado pelo Ceará, diz SSP

09/01/2019 17:49

O governo cearense vai reembolsar todo o valor gasto pela Bahia no envio de policiais militares para ajudar o Ceará, que enfrenta uma crise de segurança pública. O governador Rui Costa enviou 100 PMs de batalhões especializados para apoiar os policiais cearenses no combate à criminalidade.

 

Depois de receber algumas críticas, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) da Bahia divulgou nota afirmando que “nenhuma localidade da Bahia” perdeu policiais por conta do reforço enviado ao Ceará. Segundo o texto, os militares enviados são de unidades especializadas, que trabalham em situações extremas, e não os que ficam diariamente no policiamento ostensivo. A SSP diz ainda que o envio acontece “dentro da legalidade” e que todo valor da operação, ainda indefinido, será custeado pela Bahia e depois reembolsado pelo Governo do Ceará.

 

Os locais em que estão os PMs baianos não foram divulgados por questão de segurança. Mas se sabe que estão agindo em Fortaleza e no Interior, em todas as Áreas Integradas de Segurança (AISs). Eles trabalharão em parceria com o Comando Tático Rural (Cotar). Com o reforço dos militares baianos, o efetivo do Cotar deve dobrar no Interior.

 

Presos e ataques

 

Subiu para 168 o número de pessoas presas e autuadas por suposta participação na onda de ataques que ocorrem na região metropolitana e no interior do Ceará desde quarta-feira, 2. A informação foi divulgada nas redes sociais nesta terça-feira, 8, pelo governador do Estado, Camilo Santana (PT).

 

Do total, ao menos 20 pessoas foram detidas desde o meio-dia de segunda-feira, 7. “Outras estão em investigação e poderão ser presas a qualquer momento. Estamos reforçando ainda mais o policiamento na capital e também no interior, com o apoio de tropas federais e estados parceiros”, declarou o governador.

 

“Já determinei à cúpula da segurança que empregue todos os esforços necessários. Lideranças criminosas estão sendo identificadas e as transferências para presídios federais estão em curso. Não haverá tolerância com o crime.”

 

No domingo, 6, parte dos presos começou a ser transferida do sistema penitenciário cearense para presídios federais, após decisão do governo federal. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, disse que a onda de ataques é uma resposta à iniciativa do governo estadual de enfrentar o crime organizado dentro de presídios.

 

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), comandado por Sérgio Moro, também decidiu enviar reforço da Força Nacional, para atuar na repressão à onda de crimes. Já havia 330 homens no local desde sábado, 5, e o número será ampliado para 406, além de um total de 96 viaturas.

 

Pelos dados do MJSP, houve 144 ataques entre a quarta-feira, 2, e o domingo, 6, na capital Fortaleza, na região metropolitana e no interior do Estado. Números da segunda-feira não foram informados pelo ministério, mas o governo estadual registrava pelo menos 21 ataques até o meio da tarde.

 

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