ABARÉ CELEBRA TRADICIONAL MISSA DA “COVA DO ANJO”
A comunidade de Cova do Anjo, distante 09 km da sede, Abaré é dos locais mais visitados da região no sábado de aleluia. Centenas de fiéis frequentam o local para pagar promessas das graças alcançadas, fazer orações e acender velas e assistir a missa que todos os anos é celebrada, esse ano o Padre José Ramalho fez a celebração, antes da celebração diversas pessoas aguardam o momento e muitos colocam barracas alguns aproveitam as poucas sombras de arvores do lugar para faturar uma grana extra, no local é vendido de tudo um pouquinho coco, água, bebidas, velas, fogos, bombons, churrasco é uma verdadeira feira livre espalhada ao redor da pequenina capela, minutos antes da missa vaqueiros da comunidade formam um pequeno desfile de cavalos que se encerra ao lado do palco aonde o Padre celebra a missa. Após missa o destino é a sede Abaré aonde diversos eventos festivos são realizados.
A história conta que no local foi sepultado o corpo de uma criança, chamada Dionato, no dia 22 de setembro de 1942. O “Anjinho Perdido”, como é chamado, por toda a Região, estava sendo criado pela parteira Zefa que morava na Fazenda Urtiga e tinha 1 ano e 11 meses.
Segundo o historiador Valdomiro Nascimento, no dia 16 de setembro de 1942, Zefa foi fazer um parto na comunidade onde hoje é cidade e deixou o menino com uma mocinha de 13 anos e uma menina de 10 anos. Como faltou água no pote, a mocinha deixou Dionato com a menor e foi no Riacho da Várzea cavar uma cacimbinha e pegar água. A menina foi depois também pegar água e a criança foi na companhia, só que elas se distraíram e o menino não conseguiu chegar, se perdendo no meio da caatinga.Contam, que todos procuraram o menino e nunca o encontraram.Seis dias depois, dia 22, Sebastião Rodrigues dos Santos e seu filho Manoel levavam uns bodes para a cidade e viram alguns urubus,ao se aproximarem depararam com os restos mortais da criança e ali mesmo cavaram uma pequena cova e sepultaram o pequeno Dionato. Também conta a história que ele (Dionato) andou cerca 11 quilômetros quando esteve perdida.
Como as pessoas da região eram muito religiosas,e pela triste circunstância em que a criança morreu, começaram a fazer promessas com o “Anjo Perdido” e afirmaram que as graças eram alcançadas e ao longo destes anos, são muitas as histórias em torno dos milagres e isto tem provocado à visita de muitas pessoas.