Ano Novo: 6 boas notícias que 2021 vai nos deixar

03/01/2022 08:58

Funcionário prepara vacina contra Covid para aplicação em jovem em Quito, no Equador, em foto de 13 de setembro — Foto: Rodrigo Buendia/AFP

 

O ano de 2021 foi muito difícil, mas também houve notícias positivas, como o desenvolvimento de vacinas e o retorno dos pandas à natureza.
Para milhões de pessoas, o ano de 2021 foi um ano muito difícil e doloroso. Mas também foi um ano que nos deu boas notícias, algumas delas contadas pela BBC.
Além disso, pedimos a três especialistas, de diferentes áreas, que escolhessem uma notícia positiva e explicassem sua importância.
Aqui apresentamos seis notícias positivas do ano.
1. As vacinas contra covid-19 provaram ser eficazes
Para Edda Sciutto, bioquímica e imunologista do Instituto de Pesquisas Biomédicas da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), não há dúvida de que uma das melhores notícias de 2021 é que o "coronavírus é suscetível à imunidade e que vacinas poderiam ser desenvolvidas de forma eficaz para controlar a pandemia".
2. Representação tridimensional de proteínas
O avanço no campo da representação tridimensional de proteínas neste ano foi elogiado por vários cientistas.
3. A primeira vacina contra a malária
A malária é uma das mais mortais doenças da humanidade há milênios, matando principalmente bebês e crianças. Ela é causada por um parasita que invade e destrói as células sanguíneas para se reproduzir, e é transmitida por picadas de mosquito.
No entanto, no dia 6 de outubro, uma boa notícia foi divulgada: a OMS deu luz verde à vacina RTS, que comprovou sua eficácia há seis anos.
Após o sucesso dos programas piloto de imunização em Gana, Quênia e Malaui, a OMS recomendou que a vacina fosse usada entre crianças na África Subsaariana e em outras regiões com transmissão de moderada à alta.
4. Mais mulheres chegando ao poder
Em 1º de março, uma mulher fez história na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Depois de ocupar o segundo lugar no Banco Mundial, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala tornou-se a primeira mulher e a primeira africana a assumir o cargo de diretora-geral da OMC.
Para a economista, formada em Harvard e com mais de 30 anos de experiência na área de desenvolvimento em diferentes continentes, a OMC precisava "de uma reorganização, alguém disposto a fazer as reformas e liderar".
Na América Latina, por sua vez, Xiomara Castro ganhou as eleições em Honduras e a partir de 2022 será a primeira mulher a governar o país.
Castro vai encerrar 12 anos de um governo conservador. É a primeira vez que a esquerda hondurenha chega ao poder depois que Manuel Zelaya, marido de Castro, foi deposto por um golpe em 2009.
Meses antes, em janeiro, a Estônia havia nomeado a primeira mulher chefe de governo de sua história: Kaja Kallas.
Em março, a morte do presidente da Tanzânia, John Magufuli, levou sua vice-presidente, Samia Suluhu Hassan, a se tornar a primeira mulher chefe de Estado do país.
Em agosto, a presidente disse à BBC que havia pessoas que duvidavam que ela fosse qualificada para liderar a Tanzânia. "Alguns não acreditam que as mulheres podem ser melhores presidentes e estamos aqui para mostrar que podemos", disse.
Outra mulher que ganhou as manchetes internacionais em 2021 foi Kamala Harris.
De mãe indiana e pai jamaicano, ela se tornou a primeira mulher, a primeira negra e de ascendência asiática a se tornar a vice-presidente dos Estados Unidos.
Para Frédéric Mertens de Wilmars, coordenador do curso de Relações Internacionais da Universidade Europeia de Valência, a nomeação de Kamala foi a boa notícia do ano.
5. A importância da saúde mental no esporte
O ano de 2021 foi olímpico, o que gerou emocionantes imagens dos jogos.
Já Simone Biles, uma das melhores ginastas da história, levantou uma importante reflexão. A atleta americana se retirou de cinco de seus seis últimas disputas para se concentrar em sua saúde mental.
"2021 não foi o ano que eu esperava. Neste verão, tive que me afastar da competição para me recuperar de uma lesão invisível", disse ela, em dezembro, após receber o prêmio pelo conjunto de sua obra na cerimônia de Personalidade Esportiva do Ano da BBC.
6. A volta dos pandas e demônios da Tasmânia
Os esforços de conservação dos animais trouxeram notícias promissoras ao longo de 2021.
Em julho, as autoridades chinesas anunciaram que não classificam mais os pandas como ameaçados de extinção, embora tenham alertado que a espécie continua vulnerável.
A classificação melhorou porque o número de indivíduos na natureza atingiu pelo menos 1.800.
fonte:g1