Guerrilha paraguaia liberta jovem brasileiro sequestrado

26/12/2014 13:34

Arlan Fick estava em poder do Exército do Povo Paraguaio (EPP) desde abril

Policiais da Força Tarefa Conjunta da Polícia Paraguaia (FTC) fazem patrulha na localidade de Tacuati em busca de Arlan Fick, filho de brasileiros residentes no Paraguai, que foi sequestrado pela guerrilha do Exército Popular do Paraguai (EPP)

Faixa no Paraguai pede libertação de Arlan Fick (CLAYTON DE SOUZA/Estadão Conteúdo)

A guerrilha Exército do Povo Paraguaio (EPP) libertou na noite desta quinta-feira o jovem brasileiro Arlan Fick, que era mantido como refém pelo grupo desde abril. Arlan, de 17 anos, foi sequestrado na fazenda de seu pai em Paso Tuyá, município onde vivem cerca de 75 famílias, a maioria de imigrantes brasileiros dedicados à agricultura. A guerrilha ainda mantém o policial paraguaio Edelio Morínigo como refém.

"Falei com o senhor Alcido Fick (pai de Arlan), que estava muito emocionado e me transmitiu sua felicidade e a de toda sua família. É um momento que esperávamos ansiosamente e que aconteceu em uma data muito especial para todos", disse o procurador-geral Javier Díaz Verón. O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, também comemorou o fim do sequestro. "Estamos contentes com a libertação de Arlan Fick e seguiremos trabalhando até que Edelio Morínigo volte para sua família", disse o governante no Twitter.

A família de Arlan pagou ainda no início do rapto o resgate de 500 mil dólares pedido pelos sequestradores, mas a guerrilha fez novas exigências, complicando o processo de negociação. Durante o sequestro do brasileiro, ocorreu um enfrentamento armado entre a guerrilha e as forças de segurança do Paraguai, que terminou com a morte de um militar e de dois membros do EPP, enquanto os guerrilheiros conseguiram escapar com o jovem.

O governo paraguaio atribui 38 assassinatos – entre civis, militares e policiais – ao EPP desde o surgimento da guerrilha em 2008. Um grupo armado de esquerda nos mesmos moldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o EPP atua principalmente no norte do Paraguai, região próxima à fronteira do Brasil.(Com agência EFE)

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