Lista do petrolão reúne cúpula do Congresso e 5 partidos

06/03/2015 21:07
Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Fernando Collor e Gleisi Hoffmann
Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Fernando Collor e Gleisi Hoffmann(Agência Brasil/Sergio Lima/Alan Marques/Folhapress)

Depois de uma semana de muita tensão em Brasília, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou na noite desta sexta-feira a temida lista dos políticos que serão investigados por suspeita de envolvimento com o propinoduto que sangrou os cofres da Petrobras. Zavascki determinou a abertura de processos de investigação. São deputados federais, senadores e outras pessoas sem mandato que agora passam a responder inquéritos no Supremo no âmbito da Operação Lava Jato da Polícia Federal.

Zavascki também determinou o arquivamento das denúncias contra os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Aécio Neves (PSDB)-MG) e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

A temida lista elaborada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atinge em cheio a base a presidente Dilma Rousseff no Congresso, envolvendo políticos dos três principais partidos governistas: PT, PP, PMDB, além do senador aliado Fernando Collor, do PTB. Da oposição, o senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, foi relacionado. Tanto no caso de Collor quanto no de Anastasia, os inquéritos já foram abertos e as diligências autorizadas.

As duas principais autoridades do Congresso Nacional integram a lista: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A relação de senadores contém dois importantes ex-ministros do primeiro mandato de Dilma Rousseff: Edison Lobão (PMDB-MA), que comandava a pasta de Minas e Energia, e Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-chefe da Casa Civil.

A presidente Dilma Rousseff foi citada nas investigações, mas o procurador-geral da República informou que não tem competência para investigá-la, conforme determina a Constituição. Dilma foi citada no mesma investigação na qual aparece o ex-ministro Antonio Palocci Filho, cujo caso foi remetido ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em Curitiba.

A maior parte dos indícios contra parlamentares suspeitos de se beneficiarem do assalto à estatal foi recolhida a partir dos depoimentos do doleiro Alberto Yousseff e do ex-diretor de Abastecimento da petroleira Paulo Roberto Costa. Os dois fizeram acordos de delação premiada e colaboraram com os investigadores em troca de benefícios judiciais.

Confira a lista dos nomes (ainda em atualização):

Renan Calheiros

Aníbal Ferreira Gomes

Roseana Sarney

Edison Lobão

João Pizzolati

Vander Loubert

Candido Vaccarezza

Lindbergh Farias

Gleisi Hoffmann

Humberto Costa

Simão Sessim

Arthur Lyra

Benedito de Lyra

José Mentor

Eduardo Cunha

José Otávio Germano

Luis Fernando Farias

Roberto Sérgio Ribeiro Coutinho Teixeira

Nelson Meurer

Eduardo da Fonte

Agnaldo Ribeiro

Aline Corrêa

Carlos Magno Ramos

Ciro Nogueira

Dirceu Esperafico

Gladson Cameli

Jerônimo Goergen

João Filipe de Souza Leão

Luis Argôlo

Sandes Junior

Afonso Hann

José Linhares da Ponte

José Olímpio Silveira Moraes

Lazaro Botelho Martins

Luiz Carlos Reinzi

Mario Negromonte

Pedro Correa

Pedro Henry

Renato Molling

Renato Balestra

Roberto Pereira de Brito

Romero Jucá

Valdir Raupp

Vilson Covatti

Valdir Maranhã