MUNDO: Missões secretas na Colômbia

22/12/2013 22:49
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Dia 15, a Farc deu um cessa-fogo unilateral (Reprodução/Internet)

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) tem cinquenta anos de ação, e uma vez considerada uma das organizações mais fortes do mundo, está numa posição das mais vulneráveis ​​em décadas. E parte isso se deve a um programa de ação secreta da CIA que ajudou o governo da Colômbia a matar pelo menos duas dúzias de líderes das Farc,  e foi confirmado por entrevistas com mais de 30 funcionários ativos e reformados americanos e colombianos.

A ajuda americana incluiu um suporte substancial de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA), e é financiada através de um orçamento negro multibilionário. Não é uma parte dos US$ 9 bilhões públicos do pacote de ajuda militar dos EUA  chamado Plano Colômbia, que começou em 2000. O programa da CIA  foi autorizada pelo presidente George W. Bush e continuou no governo do presidente Obama, de acordo com militares americanos e funcionários diplomáticos. A maioria dos entrevistados falou sob condição de anonimato porque o programa é classificado como secreto e em curso.

Essa arma é GPS de US$ 30 mil, que transforma uma bomba barata e comum em uma de alta precisão. Bombas inteligente, também PGM (precision guide munitions) são capazes de matar uma pessoa bem no meio de uma selva, se sua localização puder ser determinada e programada no aparato.

Hoje, uma comparação entre a Colômbia, com sua economia vibrante, e o Afeganistão pode parecer absurda. Porém, pouco mais de uma década atrás, a Colômbia tinha a maior taxa de homicídios do mundo. Bombardeios aleatórios e táticas militares violentas permeavam a vida diária da população. Cerca de três mil pessoas foram sequestradas em um ano. Professores, ativistas de direitos humanos e jornalistas suspeitos de serem simpatizantes das Farc rotineiramente apareciam mortos. Quase um quarto de milhão de pessoas morreram durante a longa guerra, e muitos milhares desapareceram.

As Farc foram fundadas em 1964 como um movimento camponês marxista à procura de terras e da justiça para os pobres. Em 1998, o presidente da Colômbia Andrés Pastrana, tentou dar às Farc uma zona desmilitarizada para fazer negociações , mas seus ataques violentos só cresceram, assim como as suas ligações com o tráfico de drogas. Em 2000, assassinou políticos locais eleitos,  sequestrou um candidato presidencial e tentou matar um dos favoritos presidenciais, o linha-dura Alvaro Uribe, cujo pai tinha sido morto pelas Farc em 1983.

Temendo Colômbia se tornaria um Estado falido com um papel ainda maior no tráfico de drogas para os Estados Unidos, a administração Bush criou o Plano Colômbia. Hoje, as negociações na Colômbia parecem tensas. Em 15 de dezembro, as Farc disseram que iriam dar 30 dias de cessar-fogo, como sinal de boa vontade durante a época de natal. O presidente  Juan Manuel Santos, porém, rejeitou o gesto e prometeu continuar sua campanha militar. Mais tarde, no mesmo dia, as forças de segurança mataram um guerrilheiro implicado em um ataque a bomba em um ex-ministro. Na última sexta, 20, foram mais cinco mortos pelo exército.

 

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Fontes: The New York Times-Cover Action in Colombia