Protestos marcam visita relâmpago de Dilma a Cabrobó

Pouco mais de 15 minutos, este foi o tempo que durou a visita da presidente Dilma a Cabrobó (PE), no Sertão do São Francisco na tarde desta terça-feira (13). Dilma chegou ao município por volta das 15h e quando todos esperavam pelo discurso eis que surge a notícia que a presidenta já havia partido de volta para o helicóptero presidencial.

Sem falar com a imprensa, Dilma cumprimentou autoridades, fotografou ao lado de operários e partiu com a mesma pressa que chegou. Não bastasse a frustração para os jornalistas da imprensa nacional que vieram cobrir o evento, o que sobrou mesmo foram as manifestações que nem mesmo chegaram aos olhos da presidenta.

Num espaço reservado às autoridades, Dilma permaneceu por poucos minutos acompanhada pelo anfitrião, prefeito Auricélio Torres; o vice-prefeito, Romero Gomes; o governador João Lyra Neto; além do prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio dentre outros nomes da política local.

A visita de Dilma era para vistoriar as obras do Eixo Norte da transposição do Rio São Francisco, mas depois de uma passagem criticada e inusitada, os comentários são outros: Nos bastidores há quem diga, que na verdade, a visita de Dilma ao município foi apenas um “pretexto” para capturar imagens que serão utilizadas em seu guia eleitoral.

Longe da presidenta, índios Trukás interditaram a BR-428 em protesto contra a falta de investimentos no município. Na lista de reivindicações, os índios cobram a construção de um cais, além de uma extensão da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e melhorias na educação. A manifestação durou cerca de quatro horas e formou um engarrafamento de cerca de 10 quilômetros de extensão.

A pista só foi liberada no final da tarde depois que Auricélio conversou com os manifestantes e pediu a liberação da via. De acordo com representantes do governo federal as obras da transposição em Cabrobó, estão 58% concluídas.

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Informação Entretenimento e Cultura

Fonte: Carlos Britto