Rui diz que vai cortar aposentadorias gordas

20/09/2015 19:05

Rui Costa não se conforma com os R$ 2,5 bilhões que terá que gastar para cobrir o déficit da previdência este ano. Diz que o Rio vai gastar R$ 11 bi e Minas, R$ 9 bi.

— Vou comprar uma briga grande. Eu estou pagando R$ 2,5 bi para um bocado de gente que está recebendo aposentadoria de R$ 40 mil. Eu vou cortar. Eu posso ganhar impopularidade, mas não vou fazer demagogia para ter aplauso no curto prazo. Preciso solucionar problemas a longo prazo.

É o Estado quem banca o Funprev, que agrega aposentados do governo, Tribunal de Justiça, Assembleia e Ministério Público. Virou um calo financeiro. Eram R$ 360 milhões há oito anos e agora está nos R$ 2,5 bi.

A folha inclui 40 mil professores inativos contra 32 mil da ativa, por exemplo;

Rui quer atacar nos dois fronts: cortando por dentro e discutindo fórmulas de novos financiamentos previdenciários .

Ou a a bolha vai estourar já, já.

A volta do cipó

Os deputados andam em baixa com os prefeitos baianos. No encontro de Guarajuba, ficou claro que a confiança nos parlamentares foi por água abaixo. Quem pegava o microfone criticava e era aplaudido de pé.

O irônico é que os prefeitos repetiam as críticas feitas pela população comum.

— Na eleição prometem o mundo e não cumprem nada depois de eleitos.

Como diz o poeta, é a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar.

Exceção da regra

Nada menos que 186 prefeitos admitiram no encontro de Guarajuba que estão com salários atrasados e estimou-se que 86% terão dificuldades de pagar o 13º, mas Luizinho Sobral (PTN), de Irecê, emergiu na cena como exceção da regra.

Só paga ao funcionalismo adiantado (dia 23), já pagou metade do 13º, não deve a fornecedores e ainda tem dinheiro aplicado.

Aperto de cinto — O segredo de Luizinho? Ele diz que no início da gestão apertou o cinto. Reduziu o número de secretários de nove para seis e o de funcionários de 2.300 para 1950. Mas está preocupado com a crise.

— Eu não sei onde vai dar e nem até quando poderemos aguentar.

"Espero que o mandato dela acabe hoje, infartada ou com câncer, ou de qualquer maneira. O Brasil não pode continuar sofrendo com uma incompetenta"

Jair Bolsonaro, deputado federal do PP do Rio, que já foi condenado a pagar R$ 10 mil de indenização à deputada Maria do Rosário (PT-RS) por dizer que não estupraria a petista "porque ela não merece".

Fala a LBV

Sobre a nota dizendo que pescadores de Salinas da Margarida se vêem às voltas para se livrar das 'doações embutidas nas contas da Oi', a assessoria da LBV diz lamentar a publicação, na última quinta, da nota sob o título "Doação compulsória".

Diz que a LBV é uma organização filantrópica com mais de 60 anos, séria, idônea e aufere doações somente de quem deseja doar. Cita que todas as doações são de livre e espontânea vontade de seus colaboradores e autorizadas e gravadas por eles.

E disponibiliza vários canais, entre eles 0800 055 50 99 para quem quiser falar.

Mudando endereço

Já está definido entre a família e a CCR: a estátua de Luiz Eduardo Magalhães, hoje no canteiro central da Paralela (lá também está o coração do ex-deputado), onde vai passar o metrô, irá para a Assembleia.

Bom destino. A entrada do prédio principal, que leva o nome Palácio Luiz Eduardo Magalhães, é de uma beleza plástica à parte, tanto pela beleza da natureza na parte externa como pelas obras de arte que a adornam.

A síntese de Carybé — De cara, um busto do próprio Luiz Eduardo montado numa pedra de fibra de vidro (que anda precisando de reparos) tendo ao fundo o belíssimo painel de cimento de Caribé com 46 figuras em alto e baixo relevo.

O professor Evandro de Carvalho Filho é quem explica tudo aos alunos das escolas que vão lá: são portugueses, espanhóis (trajados a rigor), índios, negros, caravelas, cavaleiros e cavalos, bois e um ramo que simboliza o cacau, todas rigorosamente distintas, não há uma igual a outra.

Gaviporto — Na área verde de frente, fica o heliporto que Jaques Wagner mandou construir, que, por sinal, nos últimos tempos sem qualquer uso.

Do final do ano passado para cá, só pousa a legião de gaviões que habita o Centro Administrativo e cercanias, atrás de saquês e dos galos que acompanham os bozós, comuns na área.

Voando alto

O avião de Noé - uma hilariante história de inventores, impostores, escritores e outros malucos de modo geral, romance do jornalista Fernando Vita, está voando alto.

Concorrendo com mais de 300 outros trabalhos, ficou entre os 48 finalistas no Prêmio São Paulo de Literatura, junto com obras como O Irmão Alemão, de Chico Buarque de Holanda.

O páreo é duro, mas Vita se diz preparado para o que der e viver:

— É bem melhor perder para O Irmão Alemão de Chico Buarque do que levar 7 a 1 da Alemanha.

POUCAS & BOAS

  • A coleção Gente da Bahia, patrocinada pela Assembleia, hoje já com 42 livros publicados, vai ficar mais gorda esta semana. Terça (16h30) serão lançadas mais quatro obras: Laje, dos jornalistas Washington Souza Filho e Otto Freitas, Yumara Rodrigues, de Cássia Candra, e Sante Scaldaferri, de Claudius Portugal, e Floriano Teixeira, de Cristiano Teixeira.
  • ACM Neto sancionou projeto do vereador Leo Prates (DEM) que cria o DiaDia Municipal do Orgulho da Pessoa com Deficiência. A lei prevê a priorização dos deficientes na tramitação de documentos municipais, por exemplo.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Capital do bode

Conhecida nacionalmente como A capital do bode, terra das andanças de Lampião e palco da primeira batalha da guerra de Canudos, lá tudo gira em torno do bode, a economia, a política, o folclore e, obviamente, a culinária.

Na política, o povo, para estrilar suas desventuras, cunhou, lá no início do século passado, a frase até hoje em vigor: Terra de cabras fortes e políticos fracos.

Conta José Guimarães Filho, o Zé Branco, prefeito da vizinha Andorinha, que lá um dia um forasteiro, chegando em Uauá, procurou um restaurante:

— O que tens aí para degustarmos, minha senhora?

— Tudo. Bode assado, bode moqueado, bode ensopado, bode malassado...

— A senhora não tem outra coisa não?

— Fora disso, só ovos.

— Se não for de bode, eu quero.

 

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Fonte: A Tarde Uol / Com Luiz Fernando Lima